o solitário e a exilada
- Acho a solidão irresistivelmente prazeirosa mas abandono-a quando quero..
- Enquanto tiveres os teus livros do Harry Potter ou as tuas colectâneas de pintores desde
Van Gogh até ao teu preferido Klimt, e os cds de música pirateados no rádio da mesinha de cabeceira.. enquanto estiveres rodeada disto tudo não estás verdadeiramente sozinha pois não?
- É isso mesmo... e tenho um terére de cinco cores, é grande, o meu grupo favorito são as "l7" e ultimamente sempre que saio é para o B.A., quando não estou exilada..
-Sim porque a isso chama-se exílio e não solidão...O.K. não quero saber mais...
- Porquê?
- Porque queria mesmo descarregar hormonas e se continuas a falar de ti ficamos com uma má química porque não temos nada em comum e sabes que uma boa química não anula o sexo mas uma má química sim..
- Mas pensava que era possível haver sexo sem química, assim como o exílio não precisa da solidão..
- Sim mas esqueces-te de que a solidão potencia o sexo e o exílio a química, logo se tu não és solitária mas sim exilada diria que és adepta da química tou errado?
- Não tens toda a razão, e uma má química em mim iria resultar numa anulação sexual por completo, com sorte batia-te uma hehehehehehe...
- Assim prefiro continuar com uma química nula do que descobrir - e é o mais provável - que temos uma química má... não é que isso a mim me interferisse com o sexo mas contigo provavelmente o melhor é termos sexo com uma química nula que já se adequa mais ao exílio...
- O.K. não falemos mais, podemos antes pôr este refrão no repeat...
E assim ao som daquele refrão despiram-se, o solitário e a exilada e foderam livres de dialécticas e enquanto adormeciam cansados ainda se ouvia no rádio: Pussy pussy pussy marijuana pussy pussy pussy marijuanaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa.