segunda-feira, junho 26, 2006

Mainada, Mainada.

" Se estivermos sempre a olhar para a luz ficamos ceguinhos e se estivermos sempre a olhar para o escuro perdemo-nos. Há que alternar a inclinação do olhar; olhar sempre com a mesma intensidade para o mesmo objecto, além de entediante faz mal às pupilas, parece-me. " "O Homenzinho Azul", Hélène Guetary

quinta-feira, junho 22, 2006

O meu sonho é matar funcionários ... o meu sonho.

Adorava matar funcionários e funcionárias ... especialmente os do estado da educação e aqueles soberbos que se julgam donos de uma cultura mística ... mística porque só eles é que a detêm. A esses pegava neles e mandava-os para a Madeira para o Jardim os sodomizar e torturar e esterilizar e por fim também matar. Mandava - os pesquisar na net como se faz uma bomba de co2, mandava-os analisar a dialéctica e a filhadaputice presente em tal objecto e relacioná-lo com o facto de eles próprios serem uns metroestúpidais e como tal os seus rectos, o orifício perfeito para lá meterem não um, nem dois mas três coktails de molotof a arder.

terça-feira, junho 20, 2006

Mais um texto monocórdico

No canal um dava a vencedora do dança comigo o que o fez parar por instantes para apreciar as suas skills ... era só isso, uma rapariga bonita com jeito para dançar, decididamente atingira o fundo da solidão pensou : era capaz de passar o resto da noite aqui colado a vê-la dançar : arte que com aquela música de fundo de vencedora lhe dava a áurea de confiança, segurança e fluídez que no fundo o cativavam. Sabia no entanto que aquilo havia sido treinado até à exaustão, aquelas danças todas, era só isso : uma rapariga bonita com jeito para aquilo.
Felizmente a televisão seguiu e eu do lado de cá do espelho perguntei : Televisão, porque me dás opurtunidade de discorrer sobre todos estes pensamentos tangíveis e abstractos? Perante a mudez da vencedora naturalmente incapaz de opinar perante tamanha distinção e honra decidi mudar, aliás mudei antes mesmo de o pensar e na dois dava um programa com o Miguel Portas sobre o Cairo. Numa época de reportagens detalhadas sobre tudo e mais alguma coisa, onde o presente passa a passado no espaço de vinte e quatro horas ou menos, ouvir falar de História deu-me um prazer imenso pois ela fala-nos por contextos ... gerais e específicos : interligados entre si, por exemplo se ele dizia que o rei x havia escolhido uma religião diferente do rei y em específico: tal escolha simbolizava em geral: que vários reis se iriam juntar ao rei x e formar aquilo que hoje se entenderia por zona religiosa e economica do Cairo, supunhamos! Tentei imaginar esta notícia no presente ... internet, rádio, jornais, televisões em casa, no shopping, no bar com t.v. cabo e notícias a cada meia hora... é isto que me agrada na História : a capacidade de prolepsar o tempo conforme o nosso entendimento quiser ... sem notícias a cada meia hora na t.v. porque na realidade muitas das vezes o mais simples é o mais indistinto e turvo como quem sofre de míopia : vê em demasia o que não lhe permite captar o essencial.
Deste modo e com a minha alma de novo unificada sob a perspectiva de uns aguçados olhos de águia continuei o meu zapping solitário, mas confiante.