sexta-feira, novembro 06, 2009

Veredicto: Irresponsável ou não??

Depois de ouvir a acusação e a defesa cheguei à conclusão que o acusado não é responsável mas sim que está a trabalhar para isso...

Cheguei a esta conclusão porque ambas as partes mostraram ter razão. A acusação no que se refere ao facto de que o acusado terá incorrido em irresponsabilidade extrema durante o secundário e a universidade. Não era organizado, não estudava minimamente o suficiente e relegou grande parte das suas tarefas para segundo plano...

No entanto e tendo em conta as condicionantes referidas pela defesa o acusado teve momentos em que foi responsável e procurou com todas as suas forças ser o mais responsável possível, dentro das condicionantes a que estava limitado, suas e do ambiente. De realçar a sua evolução, também piorar seria a espaços quase impossível, no que a este aspecto diz respeito.

Como tal declaro que o acusado ainda tem um longo caminho a percorrer, ainda que no entanto a pior parte do caminho já tenha percorrido, em relação à sua irresponsabilidade, faltando-lhe pôr para trás das costas o ambiente que até agora serviram de atenuante... tem que aprender a ser responsável mesmo quando não está minimamente motivado ou para aí virado e não apenas quando está a correr por gosto ou quando está iminentemente à beira do abismo por assim dizer.

Relembro ainda o acusado que o não cumprimento desta sentença resultará em consequências bastante negativas das quais ele será o principal sofredor.

Viva a Justiça :)

A responsabilidade em pessoa...

Venho aqui vigorosamente contestar a opinião de que o meu cliente é uma pessoa completamente irresponsável. Pese embora bastantes pessoas o considerarem irresponsável, devemos antes de mais referir que a maior parte das acusações apresentadas se passaram já há bastante tempo o que revela uma má-fé da acusação e de acrescentar ainda que muitas das acusações não são bem relacionadas com a irresponsabilidade. Venho por isso argumentar que o meu cliente é uma pessoa responsável, tão responsável quanto qualquer um de nós.

Como tal nem sequer me irei debruçar sobre as acusações apresentadas respeitantes ao espaço de tempo compreendido entre a sua infância e o início do secundário até porque o que está aqui verdadeiramente em questão são assuntos de respnsabilidade ligados à sua profissão.

No secundário revelou uma grande responsabilidade em várias disciplinas e na universidade com uma maior responsabilidade acrescida revelou altos e baixos o que não significa que seja irresponsável. Quero ainda alertar para o facto das condicionantes, que apesar de não servirem de desculpa servem de atenuantes.

Como tal considero totalmente injustificado que se rotule o meu cliente como sendo uma pessoa taxativamente irresponsável.

quinta-feira, novembro 05, 2009

Seu irresponsável...

Denota uma grande irresponsabilidade em tudo o que fez, faz e vai fazer...
Desde a mais tenra idade que era irresponsável enquanto brincava sozinho em vez de com os outros... mais tarde na escola mesmo levando reguadas teve a irresponsabilidade de deixar os t.p.c de verão para o seu cão imaginário comer... não decorando a tabuada que a sua avó lhe ia perguntando enquanto tentava meter o buraco da agulha na linha, exceptuando talvez a tabuada do 1. Teve também a irresponsabilidade de nunca ter aprendido a jogar snooker mesmo tendo uma mesa disponível para tal na tasca do seu avô onde passava bastante tempo. Teve depois a irresponsabilidade de fugir de casa quando tava de castigo e de não vir para casa quando sua mãe o chamou. Seguidamente foi irresponsável quando chamou um cigano de cabrão após este o ter empurrado o que lhe valeu um belo chuto nas pernas virando-o ao contrário e deixando-o cair no chão desamparado. Uma certa noite decidiu ir ver às escondidas um filme/ documentário de espiritismo e bruxedo o que lhe valeu uma noite a pensar que o ressonar daquela velha que tava a dormir ali ao lado era o diabo a sussurrar... até que quando viu uma serpente no cabide da roupa a falar com ele acordou a casa toda aos gritos o que levou a que a sua tia descesse as escadas a correr e torcesse um pé. Foi irresponsável da sua parte ter feito xixi na cama até aos 9 anos porque o oleado era frio... depois quente... e depois frio... e cheirava mal. Outro grande erro seu foi ter comido salsichas na casa da srª São quando toda a gente sabia que salsichas estavam terminantemente fora da ementa e um erro ainda maior foi o de ter dito que as tinha comido. Mesmo sabendo que era dado a vomitar quando fazia viagens de carro insistiu para que o seu tio o levasse de Vila Real até Chaves, vomitando-se todo da cabeça aos pés literalmente o que levou a que tivesse ficado tipo xupa retesado com aroma a vómito... Desejou uma vez que um raio partisse a irmã e recusou-se a comer um pêssego assim como uma refeição perfeitamente normal resultando esta última num puxão de orelhas monumental...
Bem... irresponsável no secundário por não ter estudado o suficiente e continuou irresponsável na universidade onde também não estudou muito mais... e iresponsabilidade no ano de estágio onde poderia ter feito muito melhor. Irresponsabilidade em ter começado a fumar e irresponsabilidade em muitas borracheiras que não devia ter apanhado. Irresponsabilidade a conduzir um carro quase sem travões e irresponsabilidade em conduzir levemente alterado... E agora volta a mostrar uma irresponsabilidade que é a de se despedir de um trabalho sem ainda ter arranjado outro, ainda para mais com esta crise...

Muitas mais irresponsabilidades ficaram por dizer mas devo dizer que sou a irresponsabilidade em pessoa.

Enfim já tou cansado... amanhã vo tentar dizer porque não sou irresponsável...

Se conseguir...

Emoções da real thing

Bem... nem sei por onde começar... estou a escrever depois de encher deliberadamente o meu sistema com gordura animal de atum, gordura vegetal de azeite e nozes, pão e farinha refinada passe a redundância... em suma, gordura em excesso, hidratos de carbono complexos e vazios mais os opiáceos presentes nestes grãos... de modo a que o meu pâncreas, rins e tiroide funcionem mais devagar e dispendam mais energia para que deste modo o meu sistema esteja completamente concentrado na digestão ao invés das emoções, mais os opiáceos e a nicotina de dois cigarros que me ajudaram a dispender ainda mais energia... porque é muito desgastante tentar apanhar imagens de nós próprios quando não nos conhecemos e estamos a trabalhar para aumentar as nossas seguranças... foi como que um sistema de... desculpem-me mas como já referi estou bastante lento e falham-me as palavras... backup system... aí têm... sistema alternativo ou de segurança ??? irónico porque na realidade foi isso mesmo que fiz... dei-me segurança... deixei de lidar com as emoções por mais uns tempos longos... enfim... daqui a umas horas vou ter a companhia da candida que vai crescer para ajudar a insulina do pâncreas a levar o açucar do sangue para as células através de todo este óleo... umas comichõezitas em troca de paz emocional.

E corrigindo o início do meu post anterior o nosso problema não são as paranóias mas antes as inseguranças, os medos, a anestesia emocional a que nos subtemos diariamente. E porquê?? bem... a maior parte de vós já está ao corrente que presentemente só como comida viva... pois bem o problema é que esta alimentação desencadeia sentimentos adormecidos e anestesiados ao longo dos anos... bem, mais um cigarro estimulante... e de repente damos por nós a reviver a adolescência por assim dizer... porque a ligação das emoções ao corpo com o nosso nível espiritual e emocional não se coaduna, especialmente se não tivermos uma imagem nossa... isto é, que não seja dos outros... mas nossa e bem clara.

No outro dia à conversa com uma psicóloga amiga, ela sabe quem é, cheguei à conclusão que me faltava comunicação e relações... o que concordo... mas enfim o isolacionismo atinge-nos a todos uns mais do que a outros... mas o que preciso mesmo é de me auto-analisar para conseguir lidar com a ansiedade do presente momento que estou a viver... que se prende com o desconhecido de como vou responder a nível de responsabilidade, organização, saber lidar bem com os diversos assuntos... enfim inseguranças que me fazem andar numa verdadeira montanha russa emocional... o que me impede de dar o seguinte passo na minha caminhada. No passo inicial tive a motivação de uma doença que me apanhou desprevenido e contra a qual lutei bem mas agora com a doença controlada é-me imperativo fazer uma enciclopedia emocional pessoal de modo a conseguir dar o passo seguinte.

Como tal ainda hoje vo postar aqui um primeiro capitulo desta minha enciclopedia...

Até logo.