don'ana
A crítica literária e os seus historicistas, formalistas, o New Criticism e as teorias interpretativas de Zé Manel do Jaus e do Isel, enfim as aulas eram produtivas e no entanto dada a repetição da matéria que se pode relacionar eternamente entre si dava para descansar e pensar nos momentos de produção, de recepção e de catarse - diferente da catarse aristotélica - embora já não soubesse exactamente o porquê visto que nessa altura falava com a miúda do lado sobre se de facto a professora queria mesmo que lêssemos o livro Saturday de Ian Mcewan em Inglês e de que modo isso nos afectava... O caminho até guimarães foi rápido agora que tinhamos a nova IP e agradável ao som de música espirituosa, que videoclipsava a estrada em melodia nova a cada guinada, a cada rotunda rítmica dos djambés de Trio.
E falava-se da coitada da Margarida Rebelo Pinto ( espero ser suficientemente insignificante para não me processar, mas pelo sim pelo não escuso-me comentar ).
A professora chegara à mesma conclusão que todos eles, enfim que tempo é dinheiro e o crítico deve ser rico para desperdiçar o seu tempo desta maneira.
Era a única vez que ia a guimarães e logo o primeiro sítio onde parou foi um Shopping, mas não por verdadeiro interesse mas sim por serem estes locais óptimos para sessões de autografos : com uma grande densidade populacional em movimento e ainda assim beneficiando de espaço suficiente para todos : para o promovido , para os que promovem - meios de comunicação social , loja envolvida e admiradores - e para os curiosos. Havia já lido um artigo seu no Jornal de notícias mas esquecera-o já por isso não lhe havia deixado má impressão... contudo nunca lera nada dele, não por falta de ocasião, a sua mãe era uma especial admiradora e comprara todos os seus livros, a próprio irmã e pai gostavam da sua escrita mas nunca lera mais do que uns primeiros parágrafos de um par de livros seus...
Causava-lhe ainda assim um certo temor na alma ao ver um jovem certamente bebedor da sua escrita a esconder-se detrás do seu cabelo sempre que ambos conversavam... os mestres são os mestres e quando no outro dia via a série de Zuckermann " The family Guy " ri-me quando o mais novo ao ver a morte bater à sua porta para " levar " o pai o tratou com todas as mordomias que se dão aos nossos mestres...
To be continued
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